DECLARACIÓN POR EL ALTO AL FUEGO. 13 de octubre de 2023

O Movimento pela Paz, Soberania e Solidariedade entre os Povos (Mopassol) apresenta nossas condolências às famílias de todas as vítimas dos eventos ocorridos desde 7 de outubro no contexto do conflito palestino-israelense. Responsabilizamos o governo fascista de Benjamin Netanyahu e o Estado de Israel por essa violência. Porque, infelizmente, o genocídio é uma política de Estado em Israel.

Desde o nosso nascimento como um movimento pela paz, há mais de 70 anos, temos uma posição muito clara em relação a este conflito: dois povos, dois Estados. Foi o regime atroz de extermínio racial que o Estado de Israel impôs ao povo da Palestina e a negação de todas as vias de diplomacia popular que foram tentadas, que gerou esta violência que abala o mundo hoje. 91% da população que vive na Faixa de Gaza bebe água podre e contaminada, não desfruta de liberdade de movimento, vive presa em um pequeno território de 362 km² sob um bloqueio permanente por ar, mar e terra imposto por Israel, onde os níveis de desemprego ultrapassam 60% e grande parte da população sobrevive com menos de dois dólares por dia, razão pela qual Gaza foi apelidada de a maior prisão a céu aberto do mundo. A situação não é melhor na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental, onde centenas de crianças palestinas menores de 14 anos estão presas sob o regime de detenção administrativa, que permite ao Estado de Israel mantê-las presas sem processo judicial, contato com suas famílias ou advogados. Esse regime de apartheid é ainda pior do que o sofrido na África do Sul, pois lá a população negra podia circular pelas mesmas ruas que a população branca. Na Palestina, os palestinos não têm direito de ir e vir. As imagens atrozes que o mundo viu esta semana são as mesmas que o povo palestino sofre diariamente há décadas, sem que a grande mídia e os líderes das autoproclamadas potências democráticas do planeta condenem o Estado de Israel, seu autor. A história das crianças da Palestina é um trauma coletivo que nos enche de dor e produz um desespero infinito. Crianças palestinas sofrem abusos diários nas mãos de soldados israelenses, torturas de todos os tipos e assassinatos que sempre ficarão impunes, pelo simples fato de que crimes contra palestinos ficam impunes. Para o regime israelense, os palestinos não representam a condição humana. É por isso que as regras mais básicas de coexistência e compaixão não se aplicam a eles. Como podemos continuar a conviver com essa dor? O que será de nós diante de tamanha desumanização? Apelamos à comunidade internacional para que cesse os bombardeios! Um cessar-fogo é imperativo agora, e a ajuda humanitária deve ser permitida agora! Caso contrário, o Estado de Israel executará seu projeto de extermínio contra o povo palestino, que vem executando há décadas. Somente o fim da ocupação dos territórios palestinos e o respeito ao direito internacional podem oferecer a paz com a qual tanto sonhamos. Esteja sempre ao lado dos povos que lutam contra a opressão e a exploração, pela paz, pela amizade e pela solidariedade cooperativa. Por uma humanidade livre do fascismo.


Viva a Palestina livre!

Buenos Aires, 13 de outubro de 2023

Conselho de Administração da Mopassol

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